Você já ouviu a história de que era comum entre trabalhadores das minas de carvão, a prática de usar canários para detectar a presença de gases tóxicos ou asfixiantes? Diz-se que até o início do século XX, era comum utilizar os canário no controle de riscos das minas do Reino Unido.
A ideia havia sido proposta pelo fisiologista John S. Haldane, para uma detecção precoce do monóxido de carbono, um gás asfixiante químico, extremamente tóxico, que por conta de suas características físicas acaba sendo de difícil detecção pelos sentidos humanos, o que o torna ainda mais perigoso. O monóxido de carbono tem aparência incolor, não tem cheiro e não tem sabor.
Entretanto, diferente do que se pensava, os canários não seriam os primeiros a morrer na presença deste gás. Mais tarde, veio a conhecimento a informação de que até uma concentração de 1.500 ppm (partes por milhão) de CO, com uma exposição de 20 minutos os canários não sofreriam nenhuma reação, enquanto, o homem sentiria palpitações, dor de cabeça e poderia inclusive desmaiar.
A mesma concentração de CO, com uma exposição de 40 minutos, poderia levar o homem à morte, enquanto o canário não sentiria consequências graves. Esta técnica claramente foi ineficiente.
Apenas a chegada dos detectores de gás na indústria da mineração de carvão, é que pôs fim a uma tradição de mais de 100 anos da Grã-Bretanha e liberou os pássaros desta cruel missão de detectar gases tóxicos nas atividades dos trabalhadores das minas.
O monóxido de carbono (CO) tem origem na combustão incompleta de combustíveis fósseis ou de outras matérias orgânicas contendo carbono. Surge nas emissões da produção de eletricidade, da combustão industrial, comercial ou residencial e igualmente dos transportes com motores a combustão.
E aí? Gostou de saber desta curiosidade sobre o mercado de proteção respiratória?